Pelo menos 21 tibetanos já se suicidaram desde Março do ano passado, suicídios que as autoridades chinesas apelidam de atos de "terrorismo disfarçado"
A maioria das imolações foi realizada por monges budistas, alguns deles com menos de 17 anos de idade. Estes tibetanos ateiam fogo a eles próprios, numa forma de protesto contra presença do governo chinês no Tibete. Muitos tibetanos na China queixam-se também de grandes interferências do governo nas suas práticas religiosas.
As autoridades chinesas referem-se a estas imolações como "terrorismo disfarçado" e insinuam que estará alguém por trás dos atos, referindo-se ao líder espiritual Dalai Lama.
Dalai Lama já condenou as imolações, mas reconhece que os tibetanos estão a ser quase que obrigados a cometer atos de desespero.
A mais recente imolação foi a de um jovem de 18 anos, identificado apenas como Dorje, na província chinesa de Sichuan, no sudoeste do país. Ativistas disseram que o rapaz fez o protesto em frente a edifícios do governo. No domingo, uma viúva com quatro filhos também ateou fogo a si própria, em Aba, onde os maiores números de imolações têm ocorrido.
Os ativistas alertam para a repressão imposta pela China sobre a liberdade religiosa e cultural no Tibete. Esta região montanhosa está sob o controle do governo chinês desde 1950, que rejeita as críticas, alegando que a China desenvolveu uma região que estava atrasada.
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