Bélgica completa hoje um ano de governação de gestão, prosseguindo, sem sucesso, as negociações entre flamengos e francófonos para a formação de um governo.
A Bélgica completa hoje um ano de governação de gestão, prosseguindo, sem sucesso, as negociações entre flamengos e francófonos para a formação de um governo "saído" das eleições legislativas de há 365 dias.
A 13 de junho de 2010, os nacionalistas flamengos do N-VA foram os grandes vencedores das eleições belgas, o que desde logo fazia antever um processo de constituição de governo mais complicado do que aquele que habitualmente já se verifica no país, onde têm de ter assento no poder forças políticas das duas grandes comunidades linguísticas.
Recorde mundial de governo de gestão
No entanto, nada fazia prever que a Bélgica conquistasse o pouco desejado recorde mundial de um país com um governo de gestão corrente - título que conquistou já há muitas semanas ao Iraque, que em 2009 demorou 289 dias para formar um executivo - e que "ameaça" consolidar ao longo das próximas semanas ou meses.
As negociações entre os partidos políticos dos dois campos prosseguem sem uma luz ao fundo do túnel, tão profundas parecem ser as divergências em torno da reforma das instituições do país e reforço dos poderes das regiões.
Flamengos e francófonos não se entendem
O foco da discórdia continua a ser o de sempre, com os flamengos (60 por cento da população belga, de cerca de 11 milhões de pessoas) a reclamarem uma transferência de competências para as regiões -- ou seja, maior autonomia da Flandres, Valónia e Bruxelas -, designadamente nos domínios fiscal, de emprego e saúde, enquanto os francófonos da Valónia e de Bruxelas pretendem limitar essa autonomia.
Os chamados "mediadores", figuras da política belga que tentam aproximar posições entre as duas partes nas negociações, têm "caído" uns atrás do outro face à intransigência evidenciada pelos actores políticos.
Actualmente é o líder dos socialistas da Valónia, Elio di Rupo, que tem a cargo essa missão quase impossível de formar governo, mas ninguém antevê sucesso a curto prazo e já há quem defenda novas eleições, um cenário no entanto liminarmente rejeitado pelo rei Alberto II.
Mas, o mais caricato é que Bruxelas é a "cede" da União Europeia, será que não é um exemplo a seguir? Pois, não é um dos países em crise na Europa.
Dá mesmo para pensar!!!! Politica!!!! Sem palavras!!!!
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